segunda-feira, 23 de maio de 2011

Utilidade pública Master Clin - Plastica em casos de queimadura

A Santa Casa de Campo Grande presta cerca de 30 atendimentos por mês de vítimas que sofreram queimaduras, a maioria deles pela combinação álcool e fogo. Nos quatro primeiros meses deste ano foram 84 registros de vítimas que tiveram o corpo queimado, quando de janeiro a abril de 2010 foram 76 casos. Os dozes meses do ano passado somam 320 atendimentos no setor. Hoje há sete vítimas de queimaduras internadas na Santa Casa, sendo quatro crianças e três adultos.
São as crianças as mais atingidas em acidentes domésticos, a grande causa das internações, segundo a médica Marialda Goulart de Almeida Pedreira, coordenadora do serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa. “Nós registramos aqui uma média entre 20 e 30 atendimentos por mês, mas já houve períodos com muito mais casos, como no mês passado, quando tivemos 27 internações, todas de pessoas que se queimaram ao fazer bife na chapa”, constata. “A pessoa não vê que ainda há fogo no recipiente sob a chapa e joga mais álcool, o que acaba provocando o acidente”, acrescenta.
Conforme ainda a médica, a gravidade das queimaduras chega a atingir a quarta camada do corpo. “As queimaduras de primeiro grau causam vermelhidão, as de segundo grau provocam bolhas, as de terceiro grau acarretam áreas esbranquiçadas e as de quarto grau chegam a invadir a musculatura”, classifica.
Nesta semana morreu uma criança, que teve 60 % do corpo queimado ao brincar com álcool líquido. O quadro clínico se agravou devido ao estágio de comprometimento acima de 50% de agressão ao corpo, o que provocou pneumonia e pancreatite. Neste caso, se o garoto tivesse sobrevivido seriam feitas várias cirurgias para regenerar a pele.
“Mesmo com muitas cirurgias e um bom acompanhamento médico o corpo não fica igual. Os pais nesses casos querem doar a própria pele para enxertar, mas, às vezes, só é compatível em caso de serem gêmeos, univitelínos”, afirma. O menino tinha uma irmã mais nova que deu entrada, junto com ele no último dia 31 de março, sendo liberada no mesmo dia, voltando no dia 11 de abril para curativos no Ambulatório Geral. Em quase dois meses de internação o menino deu entrada quatro vezes no CTI (Centro de Terapia Intensiva).
Prevenção
“A primeira coisa a fazer é lavar a área queimada com água em abundância, em seguida procurar o hospital. Se for uma queimadura pequena, pode-se no máximo aplicar um pouco de vaselina líquida, mas não pomadas, medicamentos ou aqueles tratamentos caseiros, como aplicar pasta de dente, que eram mais comuns antigamente. Quanto menos se fizer em casa, melhor”, alerta.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Santa Casa

quinta-feira, 19 de maio de 2011

masterclinplástica: Conselho Federal de Medicina lança protocolo em Ci...

masterclinplástica: Conselho Federal de Medicina lança protocolo em Ci...: "Conselho Federal de Medicina lança protocolo em Cirurgia Plástica para dar mais segurança ao ato médico. O incentivo à troca de informações..."

Conselho Federal de Medicina lança protocolo em Cirurgia Plástica para dar mais segurança ao ato médico.


Conselho Federal de Medicina lança protocolo em Cirurgia Plástica para dar mais segurança ao ato médico.
O incentivo à troca de informações na relação médico-paciente em Cirurgia Plástica será estimulado com a ajuda de um conjunto de normas apresentado nesta quinta-feira (12), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.
O Protocolo Informativo e Compartilhado em Cirurgia Plástica tem o objetivo de contribuir para que a relação nos consultórios seja ainda  mais transparente e segurança tanto para os profissionais, quanto para os pacientes que buscam atendimento.

Além de estabelecer critérios e exigências para a prática profissional em cirurgia plástica, o Protocolo Informativo estabelece mecanismos capazes de desestimular aqueles que realizam procedimentos deste tipo sem condições éticas, técnicas e sanitárias. “São orientações para que possamos ter a certeza de que cada passo no processo de atendimento foi cumprido, anotado, dito e comunicado ao paciente”, explica o conselheiro Antonio Pinheiro, coordenador da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do CFM, responsável pela formulação do documento.

PREENCHIMENTO - O protocolo, que antes de ser concluído foi discutido exaustivamente com especialistas em cirurgia plástica - será mais uma forma de dar segurança ao paciente.  Contudo, Antonio Pinheiro ressalta que o documento não impede ou é garantia de ausência de complicações em uma cirurgia. Para ele, sua força reside no fato de - após sua leitura, preenchimento e assinatura – representar que houve o devido esclarecimento do processo a ser realizado, inclusive com alertas para possíveis riscos, complicações e etapas que devem cumpridas entre a primeira consulta e o pós-operatório.

“Qualquer procedimento envolve riscos. A Medicina não é uma ciência exata. Na sala de cirurgia ou mesmo após, podem ocorrer problemas que não foram previstos. O protocolo representa que médico e paciente estão de acordo e cientes dessas possibilidades e que tomaram as medidas para reduzir estes riscos”, comentou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.

O documento divulgado pelo CFM é simples na sua forma, mas criterioso em sua extensão ao incluir várias etapas.  O protocolo prevê que, juntos, médico e paciente preenchem o formulário que inclui dados relativos à identificação, patologia e indicação, exames pré-operatórios e consulta pré-anestésica (com base em orientações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia). Também aborda aspectos da qualificação do profissional, do local de atendimento e dos equipamentos específicos. Abrange ainda o próprio ato cirúrgico (preparo do paciente, instalação do ato anestésico, início e fim do ato cirúrgico e remoção) e o pós-operatório.

DISPONIVEL - Todos os itens podem se desdobrar em vários subitens, chegando a tratar de aspectos como curativos e contenções, uso de drenos, sondagens, posição no leito, presença de acompanhantes, medicamentos gerais, medicamentos específicos, controle de diurese e de sinais vitais, entre outros. A íntegra do documento será encaminhado - por meio eletrônico - para todos os médicos com e-mails informados aos conselhos de medicina. Além disso, estará disponível para download a partir do site do CFM (http://www.portal.cfm.org.br/images/cfm_normas.pdf). A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br) também poderá oferecer este acesso.

O protocolo de segurança não substituirá o prontuário médico. A indicação é que todas as especificações e documentos correspondentes deverão constar no prontuário médico. Ele integrará o Manual de Fiscalização em estudo pela Comissão do Departamento de Fiscalização do Conselho Federal.

O formulário deverá ser preenchido e assinado em duas vias, sendo uma entregue ao paciente ou responsável e outra fica na posse do médico. “Exercer medicina é responsabilidade constante. Ambos, médico e paciente, têm que ter consciência da complexidade de uma cirurgia plástica. É preciso um criterioso exame pré-operatório e um local adequado com recursos para manutenção de todos os procedimentos para atender qualquer intercorrência. O risco deve ser sempre menor que o benefício”.

NÚMEROS - O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, estima-se que em 2009 tenham sido realizadas mais de 640 mil cirurgias plásticas no país, 82% em mulheres. Entre os processos recebidos pelo CFM, a Cirurgia Plástica não é um destaque.

Em 2010, a especialidade foi responsável por 62 denúncias de um total de 963. Entre 2001 e 2010, o total de processos que deram entrada chegou a 444. No mesmo período, a entidade julgou 453 processos. Do total, nove profissionais tiverem seus diplomas de Medicina cassados.  A pesquisa do CFM também evidencia que a maioria dos processos não está ligada a erros médicos, que podem ser enquadrados como casos de negligência, imperícia ou imprudência. A maioria dos pleitos se refere à insatisfação do paciente e à publicidade indevida.